Do Mestrado na USP às aulas na FAU!

No último post contei um pouquinho da nova etapa: Faculdade de Engenharia Civil! Agora será a vinda para SP, o mestrado na Poli-USP e minha experiência em dar aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo… e claro, assim como na de minha formação, Engenharia!!

Bem, passado um tempo no interior do RS, percebi que necessitava ter mais conhecimento. Foi quando decidi vir para São Paulo, capital, fazer mestrado na USP! Uma nova e maravilhosa fase de aprendizado profissional e muitas novas experiências. E dessas tantas, as mais valiosas foram a grande satisfação em apreender mais e mais, o convívio com colegas professores especialistas e de alto nível profissional e humano! Sem desmerecer outros tantos professores, colegas e amigos, cito: Ely B. Frazão, Prof. Kokey Uehara, Prof. Pércio de Souza Santos, Prof. Milton Vargas, Prof. J. S. Nogami, Prof. Amantino R. de Freitas, entre outros.

Novo desafio: construção de um aeroporto

No último post contei sobre a volta ao Brasil e o novo emprego (aqui), após ter cursado um master em arquitetura sustentável na Itália (aqui). Hoje vou falar sobre minha experiência seguinte, que durou dois anos e meio.

Enquanto a obra daquele edifício comercial ia chegando ao fim, via meu chefe nos preparativos e contratação de funcionários para o início de um super projeto: a construção do aeroporto internacional de Natal (na realidade São Gonçalo do Amarante, cidade a 30km da capital potiguar. Aquele movimento todo me “cutucava”, pois sabia que seria uma experiência maravilhosa participar de uma obra desse porte e importância, ainda mais que há 30 anos não se fazia um aeroporto comercial do zero no Brasil (desde Guarulhos) e seria também o primeiro feito por iniciativa privada, consequente das primeiras privatizações ocorridas.

De volta ao Brasil e ao canteiro de obras

Terminado o curso de pós-graduação em Arquitetura Sustentável (que contei pra vocês aqui), voltei ao Brasil. O avião decolava enquanto as lágrimas corriam por ter que ir embora daquele lugar que significava tanto pra mim e onde eu tinha me adaptado tão bem e aprendido tanto sobre mim e o mundo. Muitas dúvidas e muita expectativa, afinal era a primeira vez que eu ficava sem emprego depois de formada, tinha gastado todas as minhas economias nas viagens que fiz e agora teria de recomeçar. Retornar ao interior, depois de quase 10 anos vivendo na capital paulistana e das experiências no exterior, foi algo estranho. Eu tinha mudado demais, deixei partes de mim em tantos lugares e trouxe comigo tanto deles que seria impossível ser a mesma de antes.

Respirei fundo e comecei a mandar currículo para empresas de São Paulo e participei de três entrevistas, sendo uma em escritório de pequeno porte e as outras duas em escritórios de engenharia bastante grandes.

A conquista do Master em Arquitetura Sustentável, na Itália

No último post (aqui) contei pra vocês sobre meu primeiro emprego, que foi uma super experiência em canteiros de obra. Hoje vou contar como foi a trajetória para conseguir a pós-graduação em Arquitetura Sustentável que fiz na Itália.

Quando eu tinha aproximadamente um ano de formada, e portanto estava há pouco mais de um ano trabalhando nessa construtora, reacendeu-se o desejo que eu tinha durante o curso de conhecer a Itália, país de onde vieram meus bisavós.

Em meio a esses planos, minha tia me enviou um link com uma notícia de oferta de programa de estágio de dois meses na Itália, voltado para os descendentes da Região Emilia-Romagna (de onde vinham minhas origens) que fossem formados em determinadas áreas profissionais, e Arquitetura era uma delas. Achei demais! Mas… Xi… mas eu não falava italiano! “Ah! Vou aprender, é claro!” Como a seleção ocorreria dentro de pouco tempo, entrei num curso básico intensivo em São Paulo, com aulas 4 vezes por semana, das 19h às 22h. Foi um mês nesse ritmo e então passei para o intermediário, 2 vezes por semana.

Recém-formada: o primeiro emprego em canteiros de obra

Já contei pra vocês (aqui) como escolhi o curso de Arquitetura e Urbanismo e também como foram os estágios e o fim do curso (aqui). Hoje vou contar a respeito da minha vida de recém-formada e do meu primeiro emprego em canteiro de obras.

Meu último estágio, que foi numa construtora de São Paulo, virou emprego. Fiquei lá por 2 anos e 8 meses, sempre trabalhando na construção de edifícios residenciais e comerciais, especialmente residenciais de alto padrão. Trabalhava diretamente no canteiro e simplesmente AMAVA a rotina de obra. Rotina? Quem falou em rotina? Obra é uma aventura a cada dia que passa! Não existe um dia igual ao outro, nem uma obra igual à outra, ainda que diversos problemas acabem sendo clichês. Antes disso tudo eu não tinha ideia de que um arquiteto poderia ser tão atuante no canteiro de obras, ainda mais sendo mulher. Aliás, eu era a única mulher da obra e de início ficava um pouco constrangida de andar pra lá e pra cá, mas ainda mais constrangidos ficavam os operários! Até que num belo dia resolvi quebrar o gelo com um “bom diaaaaaaaaaaaa!!!” super animado enquanto eles estavam chegando no refeitório pra tomar café da manhã :p rs.

Os estágios e o fim do curso de Arquitetura e Urbanismo

Passada a adaptação que contei pra vocês no post anterior, já estava super habituada ao ritmo do curso e de São Paulo. No 4º semestre fui monitora de uma professora (Ah, a Eng. Eleana, conhecem? rs) durante um ano, nas disciplinas de “Materiais e Técnicas de Construção” e “Estruturas Metálicas e de Madeira”. Nesse meio tempo, paralelamente iniciei meu primeiro estágio, num escritório de projetos estruturais. Durou um ano e eu tinha liberdade para administrar meu horário, então às vezes levava trabalho pra fazer em casa e com isso não perdia tanto tempo com deslocamentos, assim podia cuidar dos compromissos da faculdade de forma equilibrada. Foi uma experiência bacana por ter contado com a confiança do meu chefe. A vida ia me guiando para uma área bastante “técnica”, e eu gostava muito!

Tinha vontade de trabalhar num escritório grande, com grandes projetos, grandes obras, muitos funcionários. Meu pai tinha conhecimento do mercado e pedi a ele que me desse a relação das empresas que ele considerava as melhores de engenharia de São Paulo e do Brasil. Mas não queria ir por indicação, queria conquistar meu espaço.

Na faculdade de Engenharia Civil!

No último post comentei um pouco sobre minha infância onde já demonstrava o gosto pela engenharia e áreas afins…claro…certamente naquele momento ninguém havia percebido isso….rs rs rs…nem mesmo eu! Agora vou contar um pouquinho da nova etapa….Faculdade de Engenharia Civil!

Nova etapa, faculdade! Ah! Faculdade de Engenharia Civil! O que isso representava para alguém que tinha decidido definitivamente fazer engenharia com aproximadamente 11 anos de idade!? Primeiro a emoção de ser aprovada!! Depois aqueles dias de “trote” em que há mistura de seriedade, mas, parece ainda que tudo é festa… muitas brincadeiras… alguns desafios “impostos” pelos veteranos… claro… só usei a blusa virada do avesso e deixei escreverem ENG na testa…com caneta vermelha… claro… precisava mostrar para todos… na verdade deveria ser para mim mesma… que havia passado na faculdade!! Momento de muito orgulho e prazer! Bem, voltando então ao início… Quando a festa acabou e as aulas começaram prá valer! Era muita! Muita responsabilidade, muitas e infindáveis horas de estudos…

Como escolhi fazer engenharia civil?

Como escolhi fazer engenharia civil?

Pensando bem, começa lá na minha infância no interior do RS. Lembro-me de que adorava fazer desenhos de casas para brincar. Nesses desenhos já eram posicionados todas as aberturas e o layout  dos móveis. Além disso, tinha facilidade para fazer desenhos a mão livre. Desenhava e pintava paisagens, cidades e pessoas. Desmontava e montava coisas, como: relógios, ferros elétricos, brinquedos… tudo! Achava curioso andar por obras abandonadas…claro…nesse caso acompanhada por um adulto! Mas, acredito que uma das passagens mais marcantes que sempre relembro foi quando meus avós fizeram uma reforma em sua casa. Deixava as brincadeiras “normais” de crianças da época para ir acompanhar, observar, o desenvolvimento das atividades de execução.

Primeiras impressões sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo

No meu último post contei um pouco sobre como escolhi o curso de Arquitetura e Urbanismo. Neste falarei sobre minhas primeiras impressões e vida nova na capital paulistana.

Fonte: http://www.optionseng.com/

Ao terminar o 3º colegial, em 2000, prestei 3 vestibulares: passei na Belas Artes (1º lugar) e Mackenzie, e não consegui passar da 2ª fase da FUVEST, para estudar na FAU-USP. Na real meu desempenho na 1ª fase foi pouca coisa acima da nota de corte. O estresse foi tanto, estava tão obcecada pela ideia de atender toda a expectativa sobre mim, que no dia prova me deu um “bode” tão grande que eu mal conseguia acabar de ler os textos das questões, de tanto sono!! Tinha vontade de deitar na mesa e dormir! rs Imaginem o que foi para uma super estudiosa, na qual TODOS apostavam que a vaga na USP estava garantida, sendo reprovada? Fiquei numa tristeza enorme, chorei horrores, talvez mais por sentir que tinha decepcionado os outros do que a mim mesma… afinal, eu nem sabia, de verdade, quais eram as diferenças entre os cursos, e o que predominava era a lavagem cerebral “FUVESTFUVESTFUVEST” que os professores faziam no colegial, então na minha cabeça seria a única aprovação que faria jus a tantas médias 10 alcançadas.